Universidade de Aveiro

Portugal
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Na serena construção do futuro e na defesa de valores sagrados e permanentes, vai erguer-se a Universidade de Aveiro.

Assim iniciou, a 15 de dezembro de 1973, o então Ministro da Educação Nacional, José Veiga Simão, o seu discurso de empossamento da primeira Comissão Instaladora da Universidade de Aveiro (UA), constituída pelo primeiro Reitor, Victor Simões Gil, e por outros ilustres elementos da sociedade académica e aveirense.

No ano de 1974/1975 a UA é aberta ao público com o curso de Eletrónica e de Telecomunicações e os seus primeiros 46 alunos.

A aposta da UA foi para a criação de cursos em áreas inovadoras, não exploradas pelas instituições de ensino superior tradicionais, e em domínios com correspondência na estrutura produtiva regional e nacional. Em 1975/1976 foi criado o curso de Estudos do Ambiente e também diversos cursos de formação de professores: Ciências da Natureza, Matemática, Inglês-Português e Francês-Português. A população estudantil era constituída por 338 estudantes e nesse mesmo ano foram construídas as primeiras infraestruturas próprias, situadas onde mais tarde seria implantado o Campus Universitário de Santiago. O acréscimo da população escolar ficou a dever-se à entrada em funcionamento de diversos cursos de Bacharelato, que funcionaram até ao ano letivo de 1977/1978, sendo substituídos no ano seguinte por Licenciaturas no âmbito da primeira restruturação pedagógica realizada na Universidade de Aveiro.

No ano letivo de 1977/1978 foi proposto pelo Governo a criação, na UA, de um projeto-piloto: o primeiro Centro Integrado de Formação de Professores (CIFOP), atual Centro para a Aprendizagem ao Longo da Vida (continUA), do país. A UA acolheu esta iniciativa que visava a formação de professores, desde a Educação de Infância ao Ensino Superior, com recurso a currículos e metodologias inovadoras. Desenvolveu-se, desta forma, uma grande área de intervenção da Universidade – a Educação e Formação de Professores. Foi João Evangelista Loureiro, antigo vice-reitor da UA, o grande impulsionador deste projeto.

Cinco anos volvidos sobre a fundação da Universidade de Aveiro, um grupo de estudantes organizou-se e a 28 de junho de 1978 criou a Associação de Estudantes da Universidade de Aveiro. Mais tarde esta designação altera-se para Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), nome que ainda hoje adota.

Imagem aérea do Campus em 1978

A fase de consolidação da Universidade decorre na década de 80 em que se definiu o Regulamento interno e criação dos órgãos fundamentais (durante o mandato do seu segundo Reitor, José Mesquita Rodrigues) e a conclusão do processo de aquisição dos terrenos para implantação do Campus (durante o mandato do terceiro Reitor e primeiro reitor eleito, Joaquim Renato Araújo).

A Lei da Autonomia das Universidades, de 24 de setembro de 1988, permitiu a consolidação da estrutura orgânica da UA, com a homologação, em junho de 1989, dos Estatutos da Universidade.

Em 1986 foram selecionados, por uma equipa coordenada pelo Arquiteto Nuno Portas, alguns dos mais prestigiados arquitetos portugueses de renome internacional para projetarem os novos edifícios. Com isto, o Campus Universitário de Santiago viria a ser um contributo de qualidade para o património arquitetónico da cidade. Hoje podem ser admirados na UA edifícios da autoria de Alcino Soutinho, Álvaro Siza Vieira, Pedro Ramalho, Luís Ramalho, José Maria Lopo Prata, Eduardo Souto Moura, Adalberto Dias, Rebello de Andrade, Jorge Kol de Carvalho, Gonçalo Byrne e Figueiredo Dias, anualmente visitados por centenas de especialistas nacionais e estrangeiros.

O horizonte de formação inicial alargou-se a áreas inovadoras como o Ambiente, a Gestão Industrial, a Música, o Turismo, os Materiais, a Química Industrial e as Novas Tecnologias.

Vista aérea da Universidade, decada de 80

A década de 90 marca uma nova fase de evolução da UA, em que são redefinidas novas prioridades como a Internacionalização e a Cooperação, nomeadamente através da participação em Programas Europeus, no reforço das relações com países de expressão portuguesa e latina, na participação em redes e consórcios de universidades internacionais e na assinatura de protocolos com instituições, organismos e empresas do país e do estrangeiro.

A cooperação com a sociedade é reforçada pela intervenção da UA na promoção de transferência do conhecimento, tecnologia e inovação junto do tecido empresarial. Paralelamente, dão-se passos certos na dinamização de programas de formação contínua e de ensino à distância que assumiam uma importância crescente na diferenciação de públicos e na satisfação das suas necessidades de formação. No decurso do seu crescimento, a Universidade fê-lo sempre de forma a proporcionar a estudantes e docentes, espaços de trabalho, infraestruturas científicas e condições de ensino de grande qualidade.

No decorrer do segundo mandato do quarto Reitor, Júlio Pedrosa, a população académica ultrapassou os 8000 estudantes e a investigação alcançou padrões de elevada qualidade. O dinamismo do corpo docente da Universidade e dos seus investigadores faria, assim, com que a UA se tornasse na Universidade portuguesa com maior número de projetos de investigação reconhecidos internacionalmente, característica que ainda hoje mantém.

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No ano da celebração do seu 25.º aniversário, a UA inicia uma nova fase, ao avançar para a integração do Ensino Politécnico no projeto de formação inicial. A criação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, em 1997, a integração do Instituto de Contabilidade e Administração de Aveiro, em 1999, a implementação da Escola Superior de Saúde, em 2000, e a implantação de uma escola politécnica na zona norte do distrito, a Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção Aveiro-Norte, concretizam este projeto.

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O primeiro mandato da sexta Reitora da UA, Maria Helena Nazaré, foi marcado pelo início do programa de ensino e formação tecnológica e profissional da UA (no ano letivo de 2002/2003). Desde então, não só o Programa de Formação Pós-Secundária da UA se estendeu a outros concelhos, como aumentou o leque de Cursos de Especialização Tecnológica (CET), agora Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TESP), oferecidos.

Os dois mandatos do sétimo Reitor da UA, Manuel António Assunção, compreendidos entre 2010/2014 e 2014/2018, são marcados pela aposta num “campus que Pensa, um campus que Sente” e na consolidação do projeto UA e afirmação da mesma enquanto referência internacional.

A 13 de março de 2018, Paulo Jorge Ferreira é eleito Reitor da UA.